ogo de corrida traz gráficos realistas e bastante desafio.
Clima aleatório obriga jogador a criar estratégias.
Plataformas: PlayStation 3 (versão testada), Xbox 360 e PCProdução: CodemastersDesenvolvimento: Codemasters Studios BirminghamDistribuição no Brasil: Warner Bros.Jogadores: 1 jogador (até 12 on-line)Lançamento: 22 de setembro de 2010Preço sugerido: R$ 200Nota: 9,5*
Quando a desenvolvedora Codemasters, responsável por excelentes games de corrida como a série “Collin McRae Rally”, “Grid” e “Dirt”, adquiriu os direitos de produzir um jogo de Fórmula 1, os fãs da categoria respiraram aliviados. Do estúdio de Birmingham sairia um excelente título que conseguiria passar toda a emoção de pilotar um carro a mais de 300 Km/h e, mais além, poder viver tudo o que se passa atrás dos boxes.
“F1 2010” consegue quase com excelência retratar o clima que os pilotos mais bem pagos do mundo têm na semana que antecede um Grande Prêmio, algo que não se via desde os jogos clássicos de PC da série “GP”. O jogo permite que o jogador se sinta dentro do cockpit, regule o carro do modo que desejar, escolha o tipo de pneu, converse com engenheiros, dê entrevistas, tente ser contratado por outras e aceite todas as decisões tomadas caso elas tenham sido equivocadas. O realismo e a liberdade imperam no game.
Decisões de um piloto
O clima que o jogo consegue passar para o jogador é intenso. Desde o primeiro momento do game, o jogador já é colocado em frente aos jornalistas que enchem de perguntas. Esta é a oportunidade que o time de desenvolvimento teve para que o gamer colocasse seu nome, país de onde veio e escolhesse a equipe (de início as mais fracas) para começar a temporada.
O clima que o jogo consegue passar para o jogador é intenso. Desde o primeiro momento do game, o jogador já é colocado em frente aos jornalistas que enchem de perguntas. Esta é a oportunidade que o time de desenvolvimento teve para que o gamer colocasse seu nome, país de onde veio e escolhesse a equipe (de início as mais fracas) para começar a temporada.
Em seguida, ele é apresentado ao seu trailer, sua agente, seu armário... Tudo leva para alguma informação: a agente mostra o contrato e pode levar o jogador para outras equipes, a TV mostra o ranking do campeonato e o armário leva para o Grande Prêmio. Fora do trailer, o jogador pode dar entrevistas e jogar outros modos de jogo como o multijogador e jogar corridas de modo descompromissado.
Ao entrar na corrida, a câmera coloca o “piloto” dentro do cockpit, com o monitor mostrando o tempo dos outros pilotos, as condições do carro e a previsão do tempo. Nesta mesma tela, é possível receber dicas dos engenheiros para mudar a configuração de aerodinâmica e o tipo dos pneus. O game explica o que cada configuração faz o qual a consequência desta escolha, mas a decisão final é do jogador.
“F1 2010” apresenta todos os dias da competição. Após realizar a configuração do carro, o piloto pode ir para a pista testá-la e voltar aos boxes antes mesmo de fazer uma tomada de tempo. Assim, ele pode mudar os pneus, por exemplo, mas respeitando as regras da FIA. Nos treinos livres, além de tentar fazer a volta mais rápida – o que não é fácil nem para jogadores mais experientes, é necessário respeitar a ordem dos pilotos, e as bandeiras no caso de acidentes.
No meio da corrida, caso o gamer provoque um acidente, corte caminho por cima da zebra ou não respeite as regras, ocorre uma punição. Ela envolve desde ficar mais tempo nos boxes ou até perder posições após o encerramento da corrida. Além disso, o piloto virtual paga um preço caro se não ficar atento no clima, que pode mudar no meio da prova. Se há previsão de chuva, usar pneus prórpios é recomendado. Mas, claro, é possível arriscar e usar pneus para o tempo seco, conseguir uma boa vantagem e depois realizar a troca nos boxes.
Como o game colocar o novo piloto em uma escuderia fraca, é difícil começar com vitórias. Assim, os objetivos são sempre mais “humildes”. Nas primeiras corridas, os objetivos do jogador são ficar em 18º lugar, ou melhor, no grid de largada e terminar em 15º, ou melhor. Obviamente que, de acordo com o desempenho, o jogo começa a exigir mais.
Simulação mais fácil
Para quem nunca jogou um game de corrida, “F1 2010” apresenta uma série de facilitadores. No modo de dificuldade fácil, indicadores na pista mostram os pontos certos de acelerar, frear e que ponto seguir, algo que ajuda tanto novatos quanto experientes, que poderão ter dificuldades para controlar o carro nas curvas e sua aceleração – pressionar o acelerador na saída da curva faz o carro derrapar. A configuração do carro pode ser feita automaticamente.
Para quem nunca jogou um game de corrida, “F1 2010” apresenta uma série de facilitadores. No modo de dificuldade fácil, indicadores na pista mostram os pontos certos de acelerar, frear e que ponto seguir, algo que ajuda tanto novatos quanto experientes, que poderão ter dificuldades para controlar o carro nas curvas e sua aceleração – pressionar o acelerador na saída da curva faz o carro derrapar. A configuração do carro pode ser feita automaticamente.
Quem tem habilidade em games de corrida e quer ter mais desafio pode desligar todos os recursos, tornando a corrida ainda mais real. Entretanto, ao colidir mesmo que de leve no adversário, ou até mesmo sair da pista, o risco de o carro apagar e sair da prova são maiores. É necessário, também, fica ainda mais atento ao desgaste de pneus e da temperatura do motor. Por meio do rádio, os engenheiros avisam as condições do veículo, posição dos pilotos e se o jogador deve ou não atacar um adversário próximo.
Entretanto, escolhendo dificuldade mais fácil ou mais difícil, “F1 2010” traz bastante desafio. Não é fácil conseguir a “pole position” e muito menos chegar em primeiro. Embora seja possível escolher a duração da prova entre 20% e 100% das voltas (é possível jogar todo um Grande Prêmio), manter o carro na pista com todas as adversidades é uma missão para poucos, embora seja muito divertida. Já que se leva bastante tempo para sair dos treinos livres para a corrida em si, o game permite salvar o progresso, permitindo fazer cada parte da competição em dias separados, por exemplo. Além disso, em caso de erro, o jogador pode “voltar no tempo” um determinado número de vezes e tentar realizar a curva ou a ultrapassagem novamente.
O realismo do jogo é outro destaque. Todos os circuitos estão retratados nos mínimos detalhes, bem como os carros. A mudança do clima e da hora do dia proporciona ainda mais emoção para as disputas. É muito divertido iniciar a prova com sol e ver o tempo se fechar para cair um temporal. A chuva, como na vida real, prejudica a visão dos pilotos, trazendo um desafio extra. Em se tratando de gráficos, pelo menos na versão de PlayStation 3, testada pela reportagem, o game apresentou certa lentidão ao ter muitos carros na tela. Este problema, contudo, não chega a atrapalhar a corrida, provocando um acidente, por exemplo.
A Codemasters foi feliz tanto em trazer para o game os pilotos e equipes da temporada 2010 como em criar a Inteligência Artificial dos pilotos. O espanhol Fernando Alonso, por exemplo, não perde tempo nem oportunidade para ultrapassar os adversários e Lewis Hamilton acaba errando em momentos decisivos. Mas vale lembrar que “F1 2010” é bastante diferente de outros jogos de corrida como os da série “Need for Speed”. Aqui, o jogador precisa literalmente pilotar a Fórmula 1 com cuidado e destreza e não sair acelerando sem pensar. A produtora acertou em cheio como fazer o game que irá agradar tanto os que assistem as corridas no domingo quanto quem gosta de jogos com bastante desafio.
*A análise do G1 utiliza uma escala de 0 a 10 e considera a experiência geral do jogo, com base em fatores como inovação, diversão e valor para o jogador.
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