segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Windows 8. E aí?


Windows 8. E aí?



SÃO PAULO - A Microsoft já fala que o novo sistema chegará em 2012.

Não tenho ideia do quanto os comerciais da Apple com os personagens Mac e PC são divertidos internacionalmente, mas eles são os melhores da TV americana. Até quem usa aparelhos de gravação que pulam comerciais assiste. Enquanto isso, a Microsoft produziu uma série de propagandas do Windows 7 que ninguém liga. Não são divertidos nem interessantes. Felizmente para a Microsoft há uma grande demanda pelo Windows 7 e as vendas estão explodindo. As ações da empresa subiram e a venda de PCs reacendeu. Muitos especialistas acham que o Windows 7 nada mais é que um Vista melhorado. Concordo com eles. Enquanto isso, a Microsoft já fala em Windows 8, dizendo que ele deverá ser lançado em 2012 e que será o sistema operacional mais rápido de todos os tempos. Baseado no histórico da Microsoft, o Windows 8 não deve chegar ao mercado antes de 2014.

O elemento estranho na guerra de sistemas operacionais continua a ser o Linux, sem relevância no mercado corporativo ou no de desktops pessoais. Isso ocorre porque os clones de programas populares são piores que os originais. Livrar as pessoas do Microsoft Office e do Adobe Photoshop parece missão impossível. Open Office? Esqueça. GIMP? Sem chance. A chave do sucesso para o Linux deve ser um aplicativo que seja bacana e desejado por todos e não esteja disponível para Mac ou PC. Se alguém quiser desenvolver um aplicativo mortal para Linux, posso indicar um: um software de análise gramatical que funcione bem. A Microsoft adicionou um programa assim ao Word há um tempo. Ele perde construções que parecem óbvias demais para corrigir. Se um computador joga xadrez tentando cada alternativa possível, não entendo por que programas de análise de rede não são aplicados ao reconhecimento gramatical. Esse mesmo software poderia ser aplicado à tradução automática de línguas.

Outro tema que é notícia nos Estados Unidos é a mudança na relação entre AMD e Intel. Numa estranha virada dos fatos, a Intel deu à AMD 1,25 bilhão de dólares e concordou em obedecer a regras de negócios delineadas num contrato. A AMD gastou parte da última década reclamando de práticas comerciais da Intel, consideradas injustas. Isso levou a ações judiciais na Coreia do Sul e na Europa e uma multa europeia superior a 1 bilhão de dólares. Mas a AMD também terá responsabilidades. Ela precisa se calar e parar de reclamar. A competição entre elas continua, o que beneficia os consumidores. Nos bastidores, elas continuam se queixando uma da outra, mas em público a animosidade deve diminuir. Na prática, a Intel continuará dominando a cena porque se beneficia do crescimento do chip Atom, usado em netbooks e em todos os tipos de máquinas mais baratas. Com a crise econômica, esse chip é o produto mais quente do mercado desde o 386.

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