quinta-feira, 10 de junho de 2010

Empresa armazena DNA e memória para clones


Empresa armazena DNA e memória para clones


SÃO PAULO – Com um banco de dados biológico e emocional das pessoas, o LifeNaut Project pretende guardar material o suficiente para, no futuro, criar clones cujos cérebros contenham todas as informações a respeito de um indivíduo.

O projeto teve início em 2006 e visa levantar um debate sobre a ética e os usos possíveis de tecnologias ainda nem existentes – mas também acaba vendendo

“Para algumas pessoas, esse pode ser um jeito de continuar sua consciência, ganhar a imortalidade”, diz Bruce Duncan, diretor da Terasem Movement Foundation, organização responsável pelo projeto.

A Terasem foi criada em 2004 por Martine Rothblatt para provar duas hipóteses: a de que, no futuro, um análogo consciente de uma pessoa pode ser criado pela combinação de dados suficientes sobre ela; e que tal análogo pode ser baixado em um corpo biológico ou nanotecnológico e ter experiências comparáveis àquelas vividas por humanos nascidos de forma típica.

Chamado de Transferência de Consciência, esse processo está, no momento, dividido em duas partes: o Mind Files e o Bio Files. O primeiro, como o próprio nome em inglês diz, consiste em um arquivo da mente, uma coleção de informações a respeito de um indivíduo. O segundo seria a armazenagem de material genético (células com DNA) para uma possível construção (caso a tecnologia permita) de clones que receberiam esses “arquivos de memória”. Ambos são tratados como pesquisas pela fundação – e, portanto, precisam de voluntários.

MindFile já está disponível, e seu site conta com mais de 5 mil cadastrados; nele, as pessoas podem criar seu avatar virtual de graça, colocando datas, fotos, preferências, escolhas, histórias.. “É um banco de dados rico, com informações importantes sobre quem você é, com quem seus filhos e netos poderão um dia conversar”, explica Duncan. “Construir seu avatar virtual leva tempo, pode levar muitos anos para se obter uma cópia satisfatória. Ele é um jeito dos usuários terem uma ideia do tipo de avatar criado enquanto esperamos a possibilidade de transferir consciência para um computador ou corpo”, diz ele.

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